Pensamento

Sumando fuerzas para iluminar más...

miércoles, 26 de octubre de 2011

NOTAS BIOGRÁFICAS DE MARISOL, UMA LEIGA SCALABRINIANA

Maria Isabel Macias Castro é o novo nome que o Movimento Leigo Scalabriniano compromete-se de honrar, lembrar e apontar como exemplo de vida, votada em coerência com a fé e a escolha do carisma missionário. Ela gostava de ser chamada Marisol. Nome solar, límpido, sincero, que expressa bem o seu caráter.

Sua vida começava, em 15 de julho de 1972, em Nuevo Laredo, México, e imediatamente distinta por um caminho de sofrimento.

Passou sua infância em situação de pobreza extrema e chegou à maturidade passando por dificuldades diárias que marcaram um percurso de luta pela sobrevivência.

Cresceu lutando para conquistar um futuro com dignidade, não se impressionando com nada e continuando com força para atingir seus objetivos.

Das poucas e tímidas palavras que usava para expressar o caminho de sua vida, emergem muita dor e raras satisfações. As únicas alegrias eram seus filhos. Dizia isso num arroubo de orgulho de mãe que iluminava seu rosto, assinalado por um olhar eternamente triste e sofrido. Anunciava a existência de sua "beba", a filha de 12 anos, e de seu "baby", que estuda nos Estados Unidos.

Ao lembrar Marisol não há como não perguntar-se de onde lhe vinha a força e a paixão pela vida.

Em seu lugar, muitas pessoas teriam se abatido pela quantidade de adversidades. Ela não!
Marisol encontrou coragem para superar provas como a amputação de uma perna, depois de um acidente: fato grave e debilitante para todos, especialmente para uma mulher que teve que manter e acudir sozinha seus filhos, uma vez que, após o acidente, o pai das crianças pensa por bem abandoná-la.

Ela reage com serenidade e força. Vai trabalhar no Jornal da cidade, "Ultima Hora", e em pouco tempo como editora especializada em gráfica, publicidade, redes sociais, torna-se parte decisiva da equipe editorial.

Com o passar do tempo, recupera-se e não está despreparada nem sequer para encarar mais um infortúnio que a aguarda num dos tantos percalços da caminhada incerta do ser humano. Sua irmã, em honra da qual se chama Marisol, adoece com leucemia e ela tem a medula espinal compatível para a doação.

Logo aceita e se submete à extenuante preparação para a cirurgia. Passam-se meses de espera ansiosa, antes e depois da operação. Ela continua, embora com ainda mais fadiga, sofrimento e medo a sustentar a família. Mas para Marisol ilusões e esperanças acabam assim que surgem. Nada valeram seus sacrifícios. A irmã não resiste e morre.

Outra mudança de vida a espera. Uma que será profunda e que tem seu ponto de partida com a aproximação cética à Casa dos Migrantes "Nazaré". Não está convencida e desconfia de todos aqueles migrantes que vêm criar problemas em sua cidade. Enfim, a reviravolta acontece, quando começa a fazer perguntas; a questionar a si mesma e àquelas motivações cheias de clichês que seus concidadãos repetem sem pensar. Amadurece dentro dela uma convicção que não a deixará jamais e a levará a estudar e aprofundar o problema migratório.
Quanto mais se aproxima, no percurso da reflexão, mais aumenta sua proximidade com os migrantes. Toma consciência, profundamente, e se "converte" para a causa de milhares de homens, mulheres, crianças, que vivem uma condição dramática. O passo final e decisivo é feito lendo a vida e os escritos do Bem-Aventurado João Batista Scalabrini. Lê com avidez cada livro ou artigo que lhe é enviado.

Dizia que: "Como neocristã Scalabriniana" devia amar e imitar o Bem-Aventurado Scalabrini para poder se sentir realizada. Um exemplo, que tinha colocado em seu perfil no Skype. Era possível vê-la numa foto, enquanto no altar dava testemunho de seu compromisso como Leiga Scalabriniana (1º de junho de 2009). O Lema que escolhera para seu novo projeto de vida era aquele do Bem-Aventurado, que tanto admirava: "devemos fazer o bem, todo o bem possível, e fazê-lo da melhor forma possível..." Marisol respeitou esse compromisso, dando sua vida!
Uma mulher, mãe de família, que apesar de trabalhar continuamente de segunda a sábado, para levar adiante seu trabalho editorial, no sábado à tarde e no domingo, sempre esteve presente na Casa dos Migrantes, para entrevistá-los. Para cada um, depois das palavras de conforto, recomendava com simplicidade e carinho: "Comporte-se bem aqui, porque esta é uma casa de Deus". Profundas palavras que nasciam de sua experiência pessoal de encontro com Cristo migrante. O Bem-Aventurado João Batista Scalabrini, a Província Scalabriniana de São João Batista, o Evangelho, naquele 21 de setembro, dia em que Marisol desapareceu, falava de João Batista, mártir decapitado, como Marisol, por ter anunciado a Verdade e a Justiça.

Naquela quarta-feira, ao sair do trabalho, Marisol é sequestrada. Ninguém teve mais notícias dela, seu celular tocava, mas ninguém atendia. Horas de terror e temor começaram a marcar os corações de seus familiares e amigos. No Skype, Yahoo, Hotmail... não havia vestígios de Marisol. Em Nuevo Laredo, território totalmente nas mãos dos cartéis do narcotráfico, das armas e das vidas humanas, nestes casos não nos iludimos mais. Esperava-se a confirmação da pior das notícias.



Três dias depois, foi encontrado o corpo, arruinado de Marisol. Foi encontrado decapitado como aviso mafioso para quem fala demais; seminu como ultraje machista; junto ao monumento de entrada da cidade, como aviso para quem chega para que saiba logo quem manda em Nuevo Laredo, Tamaulipas, México.

Aí também se encontravam um teclado, um DVD, um cartaz com uma inscrição que, com desumano sarcasmo, dizia que fora assassinada por causa de suas publicações num site de redes sociais.

Um emaranhado de notícias contraditórias e duvidosas seguiu-se nas primeiras horas da manhã. Muitos, passando por aquela estrada movimentada, tinham visto o que parecia ser uma alucinação, um fato indescritível e impossível que pudesse acontecer entre seres humanos, mas não podiam nem queriam denunciá-lo. Só depois de muitas horas, um funcionário do governo de Tamaulipas procedeu ao reconhecimento oficial do que todos já sabiam.

A notícia chocante se espalhara por toda a cidade e pelo Estado. Logo, difundiu-se para além das fronteiras nacionais para ecoar em todo o mundo. Imediatamente organizações internacionais, ONGs, imprensa, rádio e TV mobilizaram-se em erguer suas vozes contra esta barbárie.

A Congregação dos Missionários Scalabrinianos e o Movimento Leigo Scalabriniano, ao interno do qual Marisol era muito conhecida, apreciada e estimada, estão prostrados e tristes.

O grande eco que houve pela trágica notícia, o número surpreendente de mensagens de todo o mundo scalabriniano e das mais importantes agências de mídia do mundo todo, demonstram uma reação profética e de esperança: que a morte de uma de suas filhas e irmãs não foi em vão e que certamente deixou plantada a semente da Justiça e da Verdade.

Tudo isto nos leva a fazer crescer esta semente jogada com dor, a fazê-la amadurecer em nossas vidas e nas vocações dos missionários scalabrinianos.

Coordenador da Comunidade de Miritituba / Itaituba - PA, Brasil é assassinado

Sábado, dia 22 por volta das 14 horas, foi assassinado com um tiro na cabeça João Chupel Primo, com 55 anos. Ele trabalhava numa oficina mecânica onde o crime ocorreu, ao lado de seu escritório.
João denunciava a grilagem de terras e extração ilegal de madeira, feitas por um consorcio criminoso. Ele tem vários Boletins de ocorrências de ameaças de morte na Policia local. E fez várias denuncias ao ICMBIO e a Policia Federal, que iniciaram uma operação na região.
A madeira é retirada da Flona Trairão, e da Reserva do Riozinho do Anfrizio. Onde as portas de entrada para essa região, que faz parte do mosaico da Terra do Meio, se dá pela BR 163 Vicinal do Brabo cortada até o Areia; entrando pelo Areia (Trairão) cortada até Uruará. Pela BR 230: vicinal do Km 80. Vicinal do km 95. Vicinal do 115. A operação do ICMBIO, que recebeu apoio da Policia Federal, Guarda Nacional e Exercito não teve muito êxito, pois toda noite ainda saem 15 a 20 caminhões de madeira. 
            Dizem que não foi dado continuidade na operação por medida de segurança. Um soldado do Exército trocou tiro com pessoas que cuidavam da picada quilômetros adentro da mata e ficou perdido 5 dias no mato. O Exercito retirou o apoio. A Policia Militar também não quis dar apoio.
            A responsabilidade de mais uma vida ceifada na Amazonia, recai sobre o atual governo, o IBAMA/ICMBIO, Policia Federal, que não deram continuidade a operação iniciada para coibir essa prática de morte, tanto da vida da Floresta como de pessoas humanas.
            Desde 2005 até os dias atuais, já foram assassinadas mais de 20 pessoas nessa região.

Quantas vidas humanas e lideranças ainda tombarão???


Itaituba, 24 de Outubro de 2011.
CPT – BR163
Prelazia de Itaituba

miércoles, 12 de octubre de 2011

DIA DE AÇAO GLOBAL contra o racismo e pelos direitos dos migrantes, refugiados e pessoas desplazadas

A AISSMi – Associação Internacional Scalabriniana de Serviço aos Migrantes - se irmana a todas as instituições e povos para celebrar o DIA DE AÇAO GLOBAL contra o racismo e pelos direitos dos migrantes, refugiados e pessoas desplazadas. Que o dia 18 de dezembro de 2011 seja memorável pela qualidade da celebração!

BOA PREPARAÇAO!

                                               BOA CELEBRAÇAO!




martes, 4 de octubre de 2011

Otra periodista asesinada en México, era misionera laica

NUEVO LAREDO, lunes 26 septiembre 2011.- La Comunidad del Movimiento Laico Escalabriniano (MLS) está de luto por la terrible muerte violenta de María Elizabeth Macías Castro, de 39 años, conocida como Marisol. La periodista trabajaba en un periódico de Tamaulipas, México, y fue secuestrada y asesinada. La ejecución de la periodista católica se suma a otras tres recientes contra mujeres periodistas en país azteca, el más peligroso para el ejercicio de esta profesión según la ONU.

El cuerpo de la periodista María Elizabeth Macías Castro apareció decapitado y con una nota al lado que decía que había sido asesinada por sus publicaciones en un sitio de redes sociales, según informó la policía mexicana.

Macías Castro trabajaba como editora jefe del periódico Primera Hora. Las primeras investigaciones de la policía señalan que su cuerpo fue encontrado durante las primeras horas del sábado. El atroz homicidio puede ser el tercero contra habitantes de Nuevo Laredo por parte de un cartel de narcotráfico, en represalia por sus publicaciones en internet.

Las autoridades informaron, según el portal CNN, que estos grupos delictivos habrían lanzado amenazas en portales web mostrando macabras fotos de algunas de sus víctimas.

Un comunicado enviado a la agencia Fides por el religioso escalabriniano Francisco Pellizzari, consejero espiritual de la zona de América del Norte, informa que “el miércoles, 22 de septiembre Marisol Castro, laica escalabriniana del grupo de Nuevo Laredo, México, fue secuestrada por un grupo de traficantes de drogas de esta región fronteriza”.

El comunicado señala que las noticias oficiales sobre el suceso son muy escasas, y lo que se ha conocido hasta ahora es que, en su cuerpo, fue encontrada una inscripción: “Esto le pasa a los medios de comunicación que están contra nosotros”.

“Le pedimos una oración por nuestra amiga y miembro del comité central del Movimiento Laico Escalabriniano, que con mucho cariño y lealtad trabajaba en la Casa del Inmigrante en Nuevo Laredo y mantenía contacto diario con muchos de nosotros en el movimiento”, concluye el comunicado.

Marisol era “una mujer de gran fe y compromiso con la justicia”, afirma por su parte el padre Rui Pedro.

El atroz asesinato podría ser el tercero cometido por un grupo de la droga de entre los residentes de Nuevo Laredo, asesinados a causa de lo que habían publicado en Internet.

El asesinato de esta periodista católica se une a los recientes de otras tres mujeres periodistas, denunciados por la Federación de Asociaciones de la Prensa de España (FAPE) y reporteros sin Fronteras.

Ana María Marcela Yarce Viveros, fundadora y periodista de la revista semanal Contralínea, y Rocío González Trápaga, exreportera de Televisa y luego independiente que fue, durante su estancia en España, miembro de la Asociación de Periodistas de Almería fueron asesinadas recientemente.

Sus cuerpos fueron encontrados el 1 de septiembre, en un parque de Ciudad de México. Las dos periodistas fueron secuestradas al salir de su oficina y asesinadas por asfixia. Las circunstancias en que se encontraron los cadáveres recuerdan la marca de los cárteles de la droga. Ambas profesionales practicaban un periodismo de investigación que había destapado escándalos en el país azteca.

Otra reportera fue asesinada recientemente en el estado de Veracruz. La periodista policial del diario Notiver apareció asesinada el 26 de julio. Yolanda Ordaz de la Cruz era el segundo periodista de este periódico, uno de los diarios populares de Veracruz, asesinado en poco más de un mes.

Ochenta profesionales de los medios de comunicación han perdido la vida desde 2000 en México, el país más peligroso del mundo para esta profesión según datos de la ONU.

“La autocensura o el exilio son cada vez más las opciones de los profesionales de los medios de comunicación. ¿La prensa puede esperar sobrevivir en México? Las autoridades aún no han puesto en marcha los mecanismos de seguridad para periodistas firmados desde hace cerca de un año”, afirma el comunicado de los periodistas españoles.

NOTA: Elizabeth Macías pertenecía al Movimiento Laico Escalabriniano.